quarta-feira, 12 de janeiro de 2011 | By: Sociedade de Socorro Estaca Vale do Itajaí

Mulheres de Fé!


Presidente Wilford Woodruff observou que as mulheres chamadas a tomar parte na importante obra dos últimos dias deveriam ser “Mulheres de Fé”, valentes na verdade, mulher integra para com Deus. Que não permitam que casas, terra, ouro e prata nem qualquer bem deste mundo impeça de seguir em busca do grande objetivo que Deus as enviou para alcançar.

Esposa de Rei é Rainha!

As vezes nós mulheres pensamos que para tratar nossos maridos como um rei é necessário fazer
coisas fora do nosso alcance. Nada disso, é no nosso dia-a-dia com simplicidade, humildade e amor que trataremos bem nossos esposos. O que faremos?

Veja algumas dicas:

Sempre diga a seu marido que o ama.

Prepare os pratos que ele mais gosta.

Chame-o por algum nome carinhoso.

Arrume-se para esperá-lo, quando ele chegar do trabalho.

Deleite-se em seus elogios para você.

Faça-o sorrir.
Faça com que esteja sempre com a melhor aparência possível.
Conforte-o quando estiver mal.
Pense sempre em como ele é maravilhoso.
Sinta sua falta quando ele estiver viajando.
Saliente suas qualidades para seus amigos.
Faça o melhor para agradá-lo.
Sinta-se mais próxima dele com o passar do tempo.
Mas, talvez você agora esteja pensando: "Meu esposo é uma pessoa tão difícil de ser tratado! O que está sendo sugerido acima é muito complicado eu fazer."
Não é não. Sabemos que nós mulheres temos um poder muito grande de edificar ou espalhar.
Como filhas de um Rei, podemos e devemos edificar o nosso lar. E essa responsabilidade também é nossa.
Se dissermos todos os dias ao nosso marido que ele é grosseiro, então ele acreditará que realmente é, e não fará nada para melhorar, mas se elogiarmos, mesmo que ele não tenha feito nada de especial, então ele se tornará aquilo que sempre repetirmos que ele é. O mesmo se dá com nossos filhos, ou todas as pessoas.
Que possamos ser o que realmente somos: Rainhas, esposas de Reis!


Como Rainhas se vestem?


Os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias são incentivados a usar sempre roupas modestas. Mesmo antigamente na Igreja de Cristo os membros eram incentivados a “se apresentarem com traje honesto, com pudor e modéstia” (I Timóteo 2:8).
O guia de estudo das escrituras impresso pela igreja diz que a modéstia é a “aparência que é humilde, moderada e decente. Uma pessoa modesta evita excessos e pretensões”.
Os líderes da igreja deram uma guia de ensinos adicionais em um livreto chamado “Para o Vigor da Juventude” que fala sobre a modéstia, vestimenta e aparência. Lemos o seguinte:
Os profetas de Deus sempre aconselharam seus filhos a vestir-se com recato. A maneira pela qual vocês se vestem é um reflexo de como são interiormente. Seu vestuário e aparência enviam aos outros mensagens a seu respeito, influenciando o seu modo de agir, assim como o dos outros. Quando estão bem arrumados e vestidos com recato, convidam a companhia do Espírito e podem exercer uma boa influência naqueles que o cercam. Nunca diminuam seus padrões de vestimenta, qualquer que seja a ocasião. Caso o façam vocês estarão enviando a mensagem de que estão usando seu corpo para conseguir atenção e aprovação, e de que o recato só é importante quando conveniente.
Entre as roupas indiscretas estão saias e shorts muito curtos, roupas apertadas, blusas que não cobrem a barriga e outros trajes reveladores. As moças devem usar roupas que cubram os ombros e evitar vestimentas que sejam decotadas na frente ou atrás, ou reveladores, de qualquer outro modo. Os rapazes também devem manter recato na aparência. Todos devem evitar os extremos nas roupas, aparência e penteado. Estejam sempre limpos e apresentáveis, evitando ficar desleixados ou inadequadamente informais no vestir, no arrumar-se ou em suas maneiras. Perguntem a si mesmos: “Será que eu me sentiria à vontade vestido dessa maneira, se estivesse na presença do Senhor?”
Algum dia, vocês receberão suas investiduras no Templo. Suas vestimentas e comportamento devem ajudá-los a preparar-se para essa sagrada ocasião...
Demonstrem respeito ao Senhor e a si mesmos, vestindo-se adequadamente para as reuniões e atividades da Igreja, sejam elas no domingo ou durante a semana.
Vestimentas modestas mostram respeito não somente por Deus mas para os corpos que Ele nos deu. Em I Coríntios 3:16 – 17 nós lemos:
“Não Sabeis vós de sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus Habita em Vós? Se Alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá; porque o templo de Deus que sois vós é santo”.
Após Adão e Eva terem compartilhado do fruto proibido, viram que estavam despidos e o Senhor lhes deu roupas para cobrirem seus corpos. Mesmo que eles estivessem sozinhos no mundo e fossem casados, o Senhor orientou que ele se vestissem com modéstia. Neste caso não era por causa da tentação de um com o outro, mas como um símbolo de santidade aos seus corpos. Adão e Eva fizeram roupas modestas para mostrar seu respeito ao Senhor e em compreensão de seu valor individual.
Para nós, a roupa modesta é a principal maneira de mostrarmos respeito ao Senhor, mostrar respeito por nossos corpos e também nos ajudar a nos manter limpos.




Boas Obras


“Ensina-os a nunca se cansarem de boas obras, mas a serem mansos e humildes de coração, pois acharão descanso para sua alma” (Alma 37:34) 
O Élder Robert J. Whetten, dos Setenta, declarou: “O amor (...) de Jesus motivou Seu sacrifício expiatório por nossos pecados. Sem o Seu amor, não poderíamos voltar à presença do Pai Celestial. Devemos seguir o exemplo que Ele deu pelo modo como levou a própria vida. Seu caminho deve ser  nosso caminho, pois, ‘que tipo de homens devereis ser? Em verdade vos digo que devereis ser como eu sou.’ (3 Néfi 27:27). Ele mostrou-nos que deveríamos praticar boas obras, que o bem-estar espiritual e material de nossos semelhantes é tão importante como o nosso próprio bem-estar e deveríamos demonstrar preocupação e compaixão genuínos por todos os filhos do Pai Celestial. Morôni define o amor cristão como caridade.” 
(...) Não basta apenas dizer que acreditamos e que O amamos; no ultimo dia, devemos Ter esse tipo de amor pelos outros. Não é necessário que sacrifiquemos nossa vida pelas outras pessoas como Ele fez, mas, como o Salvador, devemos abençoar nossos semelhantes, oferecendo a eles as coisas que compõem a nossa vida: nosso tempo, nossos talentos, nossos bens e nós mesmos. 
O Élder Dallin H. Oaks, do Quorum dos Doze Apóstolos disse: Temos o desafio de passar por um processo de conversão até chegarmos à situação e condição chamada de vida eterna. Consegue-se isso não só fazendo o que é certo, mas fazendo-o pelo motivo correto – o puro amor de Cristo. O Apóstolo Paulo deu um exemplo disso em seu famoso ensinamento sobre a importância da ‘caridade’. “A caridade nunca falha...”. O motivo pelo qual a caridade nunca falha e pelo qual ela é maior do que até mesmo os maiores atos de bondade citados por ele é que a caridade, “o puro amor de Cristo” (Morôni 7:47), não é um ato, mas uma condição ou estado. Alcança-se a caridade por meio de uma sucessão de obras que resultam na conversão. Precisamos tornar-nos caridosos. Assim, Morôni afirmou: “A não ser que os homens tenham caridade, não poderão herdar” o lugar preparado para eles nas mansões do Pai (Éter 12:34) 
O Presidente James E. Faust, Segundo Conselheiro na Primeira Presidência, declarou: Deus os conhece e sabe quem vocês podem vir a ser porque Ele já os conhecia desde o principio, quando eram Seus filhos e filhas espirituais. Seu destino depende em grande parte da maneira como vocês irão seguir os princípios de retidão e das boas obras que realizarem. 
(A Liahona – Agosto 2002 – pp.25) 
Um programa criado recentemente pela Igreja, é o “Mãos que Ajudam”, que tem como tema a escritura que se encontra em Mateus 5:16, que diz: “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.”. 
Este programa é um exemplo de praticar boas obras aos outros. 
Uma importante lição que aprendi dentro da Igreja, é que, em todos os cargos e chamados que temos, são a favor do próximo. Nossa maneira de liderar é parte fundamental da maneira que vivemos este segundo grande mandamento, que é o de amar o teu próximo como a ti mesmo. (Mateus 22:39). 
Em determinado momento, nos pegamos a pensar, como agir para se conseguir uma meta, um desafio ou cumprir um mandamento. E se prestarmos atenção nas escrituras, encontraremos as respostas. 
Vamos ver: 
Temos que agir em boas obras. 
E como faço isso?
Foi mostrado que temos que ter caridade. 
 
E como temos caridade?
Participando dos programas da Igreja; sendo melhores lideres e professores; amando ao próximo.
 
E como consigo a exaltação?
Praticando boas obras.
 
E é imprescindível à justiça de Deus que os homens sejam julgados de acordo com suas obras; e se suas obras foram boas nesta vida e se os desejos de seu coração foram bons, que sejam também no ultimo dia restituídos ao que é bom.” (Alma 41:3) 
Isso nos faz lembrar que a fé sem obras é morta. (Tiago 2:14-26) 
Quantas vezes nos nós já ouvimos esta frase? 
Neste discurso, consegui encontrar mais respostas para ela. 
Uma coisa que também aprendi com isto, é que nunca devemos desistir. Erramos e somos falhos em nossa vida. Mas o Senhor é misericordioso.  
Pois trabalhamos diligentemente... pois pela graça que somos salvos, depois de tudo o que pudermos fazer” (2 Néfi 25:23) 
Certa vez, um membro da Igreja, estava em uma estação de trem, observando as coisas que aconteciam ao seu redor. Ele viu um menino em uma cadeira de rodas, vendendo doces e balas. O menino aparentava ser muito pobre. Provavelmente estava trabalhando para ajudar sua família. No mesmo tempo, ele percebeu um homem andando com muita pressa e se esbarrou no menino, derrubando-o da cadeira de rodas e espalhando os doces para todos os lados. Esse homem, ficou enfurecido com o menino o ofendeu com palavras grosseiras e continuou a andar.  
Assistindo aquela cena, o membro da Igreja foi até o menino caído, o levantou, colocando-o na cadeira de rodas, recolheu todos os doces caídos no chão e deu uma certa quantia em dinheiro ao menino, para que pudesse repor os seus prejuízos. 
Ao fazer esta boa obra, o menino perguntou ao membro da Igreja: “Moço, o senhor é Jesus Cristo?”, e ele respondeu: “Não. Mas estou tentando fazer o que ele faria se estivesse aqui.” 
“Um novo mandamento vos dou, que vos ameis uns aos outros como eu vos amei a vós. E também vós, uns aos outros vos ameis, nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. (João 13:34-35) 
Sempre que alguém nos faz o bem,
Reflete o teu amor, ó Deus.
Bênçãos derramas sobre os teus
Pelas bondosas mãos de alguém.
 
Que dom maior se pode achar
Que bem maior a vida tem
Do que amizades que nos vêm
Mais fé trazer e amparo dar?
 
Se a vida um dia nos forçar
A longe estar de um bom irmão,
Gratas lembranças ficarão
Mais junto a Deus a nos levar.
 
Pelos amigos, cujo a amor
Proclama o nome de Jesus,
E à nossa vida trazem luz
Graças te damos, ó Senhor.

(Hinos, 145)

A Caridade nunca falha

                                                     THOMAS S. MONSON


Em vez de sermos críticos e de julgarmos uns aos outros, que possamos ter o puro amor de Cristo por nossos companheiros nesta jornada da vida.



Nossas almas se regozijaram e alcançaram o céu. Fomos abençoados com linda música e mensagens inspiradas. O Espírito do Senhor está aqui. Oro para que a inspiração do Pai esteja comigo agora, enquanto compartilho com vocês algumas ideias e sentimentos.
Começo contando uma pequena história que ilustra meu ponto de vista.
Um jovem casal, Lisa e John, mudou-se para um novo bairro. Certa manhã, enquanto tomavam o desjejum, Lisa olhou pela janela e viu a vizinha do lado pendurando a roupa que tinha lavado.
“Aquela roupa não está limpa!” exclamou Lisa. “Nossa vizinha não sabe lavar roupas direito!”
John deu uma olhada, mas não disse nada.
Toda vez que a vizinha pendurava a roupa lavada, Lisa repetia seu comentário.
Algumas semanas depois, Lisa ficou surpresa ao ver pela janela as roupas lavadas da vizinha, bonitas e bem limpas. Ela então disse ao marido: “Olhe, John, ela finalmente aprendeu a lavar direito! Como será que conseguiu?”
John respondeu: “Bem, querida, eu sei a resposta. Talvez seja bom saber que levantei cedo, hoje, e lavei os vidros das nossas janelas!”
Esta noite, gostaria de compartilhar com vocês algumas ideias sobre como enxergamos os outros. Será que estamos olhando através de vidros que precisam ser limpos? Estaremos fazendo julgamentos sem conhecer todos os fatos? O que enxergamos, ao olhar para os outros? Que julgamentos fazemos deles?
O Senhor disse: “Não julgueis”. 1 E continuou: “E por que reparas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?” 2 Ou, parafraseando, por que reparas naquilo que pensas ser a roupa suja do teu próximo, mas não percebes a imundície nos vidros da tua casa?
Nenhum de nós é perfeito. Não conheço ninguém que declare sê-lo. No entanto, por alguma razão, apesar de nossas imperfeições, temos a tendência de apontar os erros dos outros. Julgamos as pessoas tanto pelo que fazem como pelo que deixam de fazer.
Não há como conhecer o coração, as intenções ou as circunstâncias de outra pessoa, que talvez diga ou faça algo que consideremos motivo de crítica. Por isso, há o mandamento: “Não julgueis”.
Há quarenta e sete anos, na conferência geral, fui chamado para o Quórum dos Doze Apóstolos. Naquela época, eu vinha servindo em um dos comitês gerais do sacerdócio da Igreja e por isso, antes de meu nome ser apresentado para apoio, fui sentar-me com meus colegas daquele comitê do sacerdócio, como de praxe. Minha esposa, no entanto, não sabia aonde ir ou com quem se sentar. A verdade é que ela não conseguia um lugar no Tabernáculo para se sentar. Uma boa amiga dela, que era membro de uma das juntas gerais das auxiliares e estava sentada em uma área designada para as juntas, convidou a irmã Monson para sentar-se com ela. Essa irmã não sabia nada sobre meu chamado — que seria anunciado em breve — mas ela viu a irmã Monson, percebeu sua dificuldade, e graciosamente ofereceu-lhe um lugar. Minha querida esposa ficou aliviada e grata por essa gentileza. Quando se sentou, entretanto, ouviu altos cochichos na fileira de trás, proferidos por uma pessoa da junta que expressou aos seus pares o seu desagrado, porque um membro da junta tivera a audácia de convidar uma “intrusa” para sentar-se na área reservada só para eles. Nada justificaria esse comportamento hostil, fosse quem fosse que tivesse sido convidada a sentar-se ali. No entanto, fico imaginando como aquela mulher se sentiu, quando ficou sabendo que a “intrusa” era a esposa do mais novo apóstolo.
Não só nos sentimos inclinados a julgar os atos e as palavras dos outros, mas também muitos de nós julgam a aparência — as roupas, o penteado, o tamanho — a lista é enorme.
Um caso clássico de julgar a aparência foi publicado em uma revista de circulação nacional há muitos anos. É uma história verídica — que talvez já conheçam, mas que vale a pena repetir.
Uma mulher chamada Mary Bartels morava bem em frente à entrada da clínica de um hospital. A família morava no térreo, e ela alugava os cômodos de cima para pacientes ambulatoriais da clínica.
Certa noite, um homem de aparência horrível bateu à porta e perguntou se havia um quarto onde poderia passar a noite. Ele era corcunda, cheio de rugas, e tinha o rosto torcido por um inchaço avermelhado e em carne viva. Ele disse que estivera procurando um quarto desde o meio-dia, mas sem sucesso. “Acho que é por causa da minha aparência”, disse. “Sei que é horrível, mas o médico disse que ela pode melhorar, depois de alguns tratamentos.” Ele sugeriu que ficaria feliz de dormir na cadeira de balanço da varanda. Durante a conversa, Mary compreendeu que o pequeno corpo do pobre homem abrigava um coração enorme. Embora todos os quartos estivessem ocupados, ela pediu que ele esperasse até ela arranjar um lugar para ele dormir.
À noite, o marido de Mary armou uma cama de lona para o homem. De manhã, Mary viu que as roupas de cama estavam impecavelmente dobradas e ele estava na varanda. Recusou o desjejum, mas antes de partir, perguntou se poderia voltar no próximo tratamento. “Não vou incomodar”, prometeu ele. “Durmo bem até numa cadeira.” Mary garantiu-lhe que ele seria bem-vindo de novo.
Durante os vários anos do tratamento, ele se hospedou na casa de Mary. Era pescador, e sempre trazia de presente frutos do mar ou vegetais que ele mesmo cultivava. Em outras ocasiões, ele lhe enviava pacotes pelo correio.
Ao receber esses presentes tão gentis, Mary costumava lembrar-se do comentário de uma vizinha, depois que o velho curvado e desfigurado saiu da sua casa naquele primeiro dia. “Você hospedou ontem aquele homem de aparência horrível? Eu me recusei a fazer isso. Você vai perder hóspedes, se continuar a hospedar gente assim.”
Mary sabia que talvez tivesse mesmo perdido um ou outro hóspede, mas pensou: “Ah, se pudessem pelo menos conhecê-lo, talvez pudessem ter suportado melhor as próprias enfermidades”.
Depois que o homem faleceu, Mary foi visitar uma amiga que tinha um jardim. Ao olhar as flores da amiga, observou um belo crisântemo dourado, plantado em um balde velho, enferrujado e amassado. A amiga explicou: “Eu não tinha mais vasos; mas, sabendo como esta flor seria bonita, quis preservá-la, plantando-a neste balde velho. É só por um tempinho, até poder replantá-la no jardim”.
Mary sorriu, ao imaginar uma cena como essa no céu. “Esta é particularmente bonita”, Deus poderia ter dito, a respeito da alma do velho. “Ela não se importará de começar com esse corpo pequeno e deformado.” Mas isso foi há muito tempo; e, no jardim de Deus, como aquela bela alma deve-se sobressair! 3
As aparências enganam e são uma medida falsa para se julgar alguém. O Salvador admoestou: “Não julgueis segundo a aparência”. 4
Certa mulher que pertencia a uma organização de mulheres reclamou quando outra foi escolhida para representar a organização. Ela não conhecia a mulher indicada, mas tinha visto uma foto dela e não havia gostado do que viu, considerando-a um tanto gorda. Ela comentou: “Entre tantas milhares de mulheres desta organização, sem dúvida poderiam ter escolhido uma representante melhor”.
Verdade seja dita, a escolhida não era nenhuma “modelo”. Mas os que a conheciam e sabiam de suas qualidades viam nela muito mais do que sua fotografia revelava. A foto, de fato, mostrava que ela tinha um sorriso amável e que demonstrava confiança. O que a foto não mostrava era o fato de ser uma amiga leal e compassiva, uma mulher inteligente, que amava o Senhor e amava as filhas de Deus, e as servia. Também não mostrava que ela fazia serviços voluntários na comunidade e era uma vizinha altruísta e prestativa. Em resumo, a foto não refletia quem de fato ela era.
Pergunto, então: se as atitudes, ações e inclinações espirituais se refletissem na aparência física, será que as feições da mulher que reclamou seriam tão agradáveis quanto as daquela a quem ela criticou?
Minhas queridas irmãs, cada uma de vocês é incomparável. Cada uma é diferente das outras, de muitas maneiras. Algumas de vocês são casadas. Algumas ficam em casa com os filhos, enquanto outras trabalham fora. Algumas de vocês já têm o ninho vazio. Há também aquelas que são casadas, mas que não têm filhos. Há as que são divorciadas, e há as viúvas. Muitas de vocês são solteiras. Algumas têm curso superior, algumas não. Há aquelas que podem comprar tudo o que está na última moda, e há aquelas que se dão por felizes se tiverem uma roupa adequada para usar no domingo. Diferenças assim são praticamente inumeráveis. Será que são essas diferenças que nos levam a julgar uns aos outros?
Madre Tereza, a freira católica que trabalhou a maior parte da vida com os pobres na Índia, expressou esta profunda verdade: “Se você julgar as pessoas, não terá tempo de amá-las”. 5 O Salvador admoestou-nos: “O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei”. 6 Pergunto-lhes: Podemos amar-nos uns aos outros, como o Salvador determinou, se julgarmos uns aos outros? E respondo, — ecoando Madre Tereza: “Não, não podemos”.
O Apóstolo Tiago ensinou: “Se alguém entre vós cuida ser religioso, e não refreia a sua língua, antes engana o seu coração, a religião desse [ou dessa] é vã”. 7
Sempre amei o lema da Sociedade de Socorro: “A caridade nunca falha”. 8Mas, o que é caridade? O profeta Mórmon nos ensina que “a caridade é o puro amor de Cristo”. 9 Em sua mensagem de despedida escrita aos lamanitas, Morôni declara: “A não ser que tenhais caridade, não podeis de modo algum ser salvos no reino de Deus”. 10
Considero a caridade — ou o “puro amor de Cristo” — o oposto das críticas e do julgamento. Falando em caridade, não estou no momento pensando no auxílio aos que sofrem e que recebem a doação de nossos recursos. Isso, é claro, também é necessário e apropriado. Hoje à noite, no entanto, tenho em mente a caridade que se manifesta na tolerância que temos com os outros e na brandura com seus atos; no tipo de caridade que perdoa, no tipo de caridade que é paciente.
Tenho em mente a caridade que nos impele a sermos afáveis, compassivos e misericordiosos, não somente quando há doença, aflição e sofrimento, mas também por ocasião das fraquezas ou dos erros por parte de outros.
Há uma necessidade concreta do tipo de caridade que dá atenção àqueles que passam despercebidos, esperança aos que estão desanimados e ajuda aos que estão aflitos. A verdadeira caridade é o amor em ação. A necessidade de caridade existe em todo lugar.
A caridade necessária é a que se recusa a satisfazer-se em ouvir e repetir relatos das desventuras que ocorrem aos outros, a menos que seja para o benefício daquele que sofre. O educador e político norte-americano Horace Mann disse, certa vez: “Ter compaixão pelo sofrimento é humano; aliviá-lo é divino”. 11
Caridade é ter paciência com a pessoa que nos decepcionou; é resistir ao impulso de se ofender com facilidade. É aceitar fraquezas e limitações. É aceitar as pessoas como elas realmente são. É enxergar, além da aparência física, os atributos que não se extinguirão com o tempo. É resistir ao impulso de categorizar as pessoas.
A caridade, esse puro amor de Cristo, manifesta-se quando um grupo de mulheres jovens de uma ala de solteiros viaja centenas de quilômetros para assistir ao funeral da mãe de uma de suas irmãs da Sociedade de Socorro. A caridade se manifesta quando professoras visitantes dedicadas procuram mês após mês, ano após ano, a mesma irmã desinteressada e crítica. Ela se evidencia quando uma viúva idosa é lembrada e levada aos programas da unidade e às atividades da Sociedade de Socorro. Ela é sentida quando a irmã que se senta sozinha na Sociedade de Socorro recebe o convite: “Venha, sente-se conosco”.
Em centenas de pequenos gestos, todas vocês vestem o manto da caridade. A vida não é perfeita para nenhum de nós. Em vez de sermos críticos e de julgarmos uns aos outros, que possamos ter o puro amor de Cristo por nossos companheiros nesta jornada da vida. Reconheçamos que cada irmã está fazendo o melhor que pode para lidar com os próprios desafios, e que nos empenhemos em fazer o nosso melhor para ajudar.
A caridade foi definida como “a espécie de amor mais sublime, nobre e forte”, 12 o “puro amor de Cristo (…); e para todos os [todas as] que a possuírem, no último dia tudo estará bem”. 13
“A caridade nunca falha”. Que esse lema secular da Sociedade de Socorro, essa verdade eterna, possa guiá-las em tudo o que fizerem. Que ele permeie sua alma e seja expresso em todos os seus pensamentos e em todas as suas ações.
Manifesto meu amor por vocês, minhas irmãs, e oro para que as bênçãos dos céus estejam sempre com vocês. Em nome de Jesus Cristo. Amém.
  1. 1.  Mateus 7:1.
  2. 2.  Mateus 7:3.
  3. 3. Adaptado de Mary Bartels, “The Old Fisherman”, Guideposts, junho de 1965, pp. 24–25.
  4. 4.  João 7:24.
  5. 5. Madre Teresa, em R. M. Lala, A Touch of Greatness: Encounters with the Eminent [Um Toque de Grandeza: Encontros com o Eminente],2001, p. x.
  6. 6.  João 15:12.
  7. 7.  Tiago 1:26.
  8. 8.  I Coríntios 13:8.
  9. 11. Horace Mann, Lectures on Education, 1845, p. 297.
  10. 12. Guia para Estudo das Escrituras, “Caridade”, p. 27.
  11. 13.  Morôni 7:47.